Para poder escolher um acessório é fundamental conhecer as suas especificações. Muitas vezes há pormenores que parecem superficiais ou mero adorno ou não se percebe muito bem o porquê de serem assim. Mas, muitas das vezes, são pequenos nadas que fazem de um acessório, um elemento especial e o tornam imprescindível.
Hoje em dia, com a imensa oferta de agulhas para tricot torna-se difícil a escolha. À semelhança do que já fiz para os dedais (
1 e
2) vou dar algumas dicas sobre agulhas de tricot que talvez possam ajudar algumas tricotadeiras, na altura de escolher as suas agulhas de tricot.
Começo pelas
agulhas de ajourados (as famosas lace) utilizadas nas malhas rendadas dos xailes, écharpes etc. No caso da marca alemã
Addi o aspecto que salta à vista nestas agulhas é a sua cor dourada. Comecemos então por isso mesmo. Esta cor não é pretensão e resulta da aposição de uma liga especial na superfície das agulhas que as torna menos escorregadias que as inoxidáveis. O resultado é uma agulha que permite um melhor controlo e evita mais o cair das malhas, que é uma situação crítica neste tipo de tricot. Um aspecto prático é que a cor permite o seu reconhecimento no meio das restantes agulhas.
Outro pormenor que as diferencia é a sua ponta, mais aguçada que as agulhas comuns de tricot. Quando se tricota pontos ajourados a relação entre a espessura da agulha e o fio não é a habitual pois trabalham-se fios finos com agulhas relativamente grossas. Trabalhar um fio fino com agulhas grossas torna-se muito mais fácil quando a ponta da agulha é fina.
Para além das malhas ajouradas tenho experimentado estas agulhas em outras situações e resultam muito bem em fios de pouca torção.
Para a próxima falarei de agulhas circulares e agulhas rectas.