25 fevereiro 2008

Another scrap quilt

When I review the quilts shown in this blog I realize most of them are made from scraps. You may think I only make scrap quilts but that is not true. In fact, scraps are other quilts leftovers that I have been saving for years and I really have to use them somehow.
Of course, this is time consuming but I seize the opportunity trying new experiences on each scrap quilt I make. It may be a new piecing method, the use of a new batting or just an uncommon color scheme. If the results are not what I would expected I don’t blame myself for wasting my fabric stash.
On this quilt, I made for the first time an invisible binding. I wanted to try it for some time but all the techniques I tried by myself or techniques that I found on books did not please me or were very laborious. Then I saw this wonderful tutorial on Laura’s blog and I knew I had to try it. I love the way the binding folds on the backing. This binding can be made larger or smaller but I think that a width from 1” to 3” is a reasonable size to work with.
This pink binding has 2” width and I thought to be the best color to pop up the backing black and white colors.
The sun was shining today and I could take some photos to show you the results.

Quando revejo os quilts que já mostrei neste blog dou-me conta que a maioria é feita de restos. Poderão pensar que só faço quilts de aproveitamentos mas a verdade é que tenho tantos restos acumulados durante anos que tenho forçosamente de lhes dar um destino. Fazer estes quilts consome muito mais tempo do utilizar tecidos novos. Por isso procuro dar uma maior legitimidade ao gasto desse tempo, fazendo sempre uma nova experiência de cada vez que inicio um quilt destes. Pode ser uma nova técnica de unir os blocos, experimentar um novo batting ou simplesmente arriscar um esquema de cores pouco usual.
Neste quilt fiz pela primeira vez um binding invisível. Há tempos que andava para tentar, mas tudo o que experimentava, ou via em livros, ou não me agradava ou era muito trabalhoso. Mas depois de ver este excelente tutorial soube que iria aplicar esta técnica. Fácil de executar e um resultado que era mesmo o que eu queria. Este binding pode ser mais ou menos largo e penso que será razoável poder oscilar entre os 2,5 e os 7,5 cm.
O cor de rosa que usei não se vê na parte da frente e realça da forma que eu pretendia o preto e branco do backing.
O sol brilhou hoje e tive oportunidade de tirar estas fotografias para vos mostrar os resultados.
PS: torna-se para mim difícil traduzir os muitos dos termos que escrevo relacionados com a técnica de execução e estrutura dos quilts. Já tentei ver noutros blogs, em português, como resolveram a situação mas ainda não vi este problema solucionado. Por isso, aqui fica o link da anatomia de um quilt, para tirar alguma dúvida.

18 fevereiro 2008

A few random things

  • The winter quilt safely arrived to its home in Norway. May Kristin took it for a weekend and shoot some photos on the splendor of the snow ground. Thank you May Kristin for your kind words.
  • Paula assigned me with two awards. Thank you for those sweet treats; you are such a nice girl.
  • What else could I do in a raining weekend than cozily keep on making my scrap quilt?


  • O meu quilt de Inverno chegou seguro a bom porto, que é como quem diz à casa da May Kristin na Noruega. Foi levado à neve para umas fotos a preceito e não posso deixar de ficar contente pelas amáveis palavras da sua dona.
  • A Paula agraciou-me com dois prémios. Muito obrigada, pela tua amabilidade de agora e de sempre.
  • Que mais poderia eu fazer num fim de semana calamitoso de chuva, senão ficar aconchegada a acabar o meu scrap quilt?

12 fevereiro 2008

Sashiko

I had to make three similar handworks for three blogger friends. They are different in age and country and I tried to create something different from all the embroideries, patchworks or quilts that I have posted before. Then I remember sashiko.
I love the beauty of simple techniques and that’s the origin of sashiko. It began with Japanese woman meandering work clothes to strengthen it. Later this humble handwork was developed and it turned on a beautiful art of clothes embellishment. Sometimes several layers of fabric were stitched together. That’s why sashiko can be used as embroidery or as a quilting technique.


Tinha de fazer três trabalhos para três amigas dos blogues. Não têm a mesma idade nem são do mesmo país. Eu gostava de lhes fazer qualquer coisa diferente dos bordados, patchworks ou quilts que apresentei até hoje no blog. Lembrei-me do sashiko.
Tenho uma especial afinidade pelas técnicas simples e é isso é uma facetas do sashiko que me atrai. A origem do sashiko foi a “arte” de passajar. As mulheres japonesas passajavam as roupas de trabalho, para tapar buracos ou fortalecer os tecidos. O que inicialmente foi fruto da necessidade passou depois a reflectir preocupações estéticas e tornou-se num trabalho de adorno lindissimo. Em algumas situações eram cosidas várias camadas de tecidos e por isso o sashiko pode ser considerado uma técnica de bordado ou de acolchoamento.

Sashiko is based on the simple running stitch made with white cotton thread. It spreaded all over the world because of its beautiful exquisite patterns that represent an oriental perception of the world. In the first picture grasses after a typhoon (Nowaki) on the second crossed birds (Toridasuki) and on the third fishing nets (Amimon).
O sashiko tradicional é executado com um único ponto, feito com fio grosso de algodão. A sua beleza provém da delicadeza dos seus desenhos estilizados que representam uma percepção muito própria do mundo. Primeira fotografia, seara depois do tufão (Nowaki), segunda fotografia, pássaros que se cruzam (Toridasuki) e terceira, rede de pesca (Amimon).


It is interesting how western people absorb the Asiatic culture and vice versa. Some of the traditional portuguese embroideries were highly influenced by oriental silk embroidery. The future will tell the role of sashiko and other Japanese textile arts in the occidental culture.

É interessante a forma como a cultura ocidental absorve o que vem dos países asiáticos, e vice versa. Alguns dos nossos bordados tradicionais foram muito influenciados pelo oriente como é o caso das colchas de Castelo Branco (influência da Índia e da China). O futuro dirá como se irá manifestar a fusão de algumas artes texteis orientais na nossa cultura.


10 fevereiro 2008

5 good reasons to use scraps

This weekend, after sewing hundreds of tiny little bits of scraps for a quilt, I found several reasons to take so much time doing this.
  • Each square inch of our scraps costed as much as each square inch of all our stash.
  • It is ecological to use it

Este fim de semana, depois de coser centenas de sobras de retalhinhos, para um quilt, encontrei algumas razões que justificam o tempo que gastei:

  • Cada centímetro quadrado de um resto de tecido custou exatamente o mesmo que os tecidos que temos guardados
  • É uma atitude ecológica

  • If not used, it becomes clutter
  • Small or large, simple or made in thirty years, every scrap quilt is a challenge to our creativity
  • Se não os usar passam a ser tralha acumulada
  • Pequeno ou grande, simples ou feito em trinta anos, cada quilt de retalhos é sempre um desafio à criatividade.
  • When I use them my conscience is not heavy for buying a few more yards of fabric
  • Quando os uso, perdoo-me por ter comprado mais uns metros de tecido

07 fevereiro 2008

Memories

The February TIF made me look back into my childhood. How much different the world was on that time? I fixed the late sixties and listed some of the things I found quite different from nowadays:

  • I used a fountain pen when I was on primary school
  • My grandfather lived in a country village and he had no tap water or electric power at home
  • Milk was delivered at my door step in glass bottles
  • There were “varinas” in Lisbon, selling fish door to door
  • There were no supermarkets in Portugal, only small shops
  • On church, women used a veil and long sleeves even on summer
  • I could play on the street without fear
  • My mother could not vote

Now the challenge: what am I going to make this time. I looked to the list and realized that the item number two is of the most importance. To have or not tap water and electric power at home determine dramatically a person’s life. My mother grew up with none of those benefits and she made her bridal linens after work, through the evenings, by candlelight.
Some years ago she gave me this humble lace, made on that time with basting thread and I have kept it to be used one day, on that special project.
The lace has a yellowish color and I intend to wash it before I use it. I will try a gentle washing and I hope the lace resists after all these years.
By the way, the picture was taken in 1968 at my primary school Voz do Operário da Ajuda. I am the second one on the left.

O desafio de Fevereiro do TIF fez-me voltar a muito tempo atrás e o mundo está muito mudado em relação a esse tempo. Fixei-me no final dos anos sessenta e enumerei algumas das coisas daquele tempo, que já não fazem parte do nosso dia a dia.

  • Tinha de usar caneta de tinta permanente na primária
  • O meu avô materno vivia numa vila onde não havia água canalizada nem corrente eléctrica
  • O leite era distribuido em garrafas de vidro, porta a porta
  • Havia varinas em Lisboa, a vender peixe pelas ruas
  • Não havia supermercados, só comércio de bairro. Para comprar um casaco iamos à Baixa
  • Na igreja as mulheres usavam véu e mangas compridas, mesmo no Verão
  • Podia brincar na rua sem perigo (e acreditem que o fazia)
  • A minha mãe ainda não podia votar

Indo ao que interessa: o que vou eu fazer desta vez.
Olhei para a lista e apercebi-me que não ter água ou luz é um dos aspectos mais importantes dos que referi. É uma situação que muda radicalmente a forma como se vive. A minha mãe cresceu sem nenhuma destas infraestruturas e fez o seu enxoval à noite, à luz do candieiro a petróleo. Há alguns anos deu-me esta renda, feita nessa altura com linha de alinhavar, que eu guardei à espera de a aplicar de uma forma especial. Parece que chegou a altura. A renda amareleceu, é frágil, mas pretendo lavá-la antes de a aplicar e espero que resista após todos estes anos.

Já agora, a fotografia foi tirada em 1968 na minha escola primária, Voz do Operário da Ajuda, e eu sou a segunda a contar da esquerda.

05 fevereiro 2008

Paisley

The January take it further challenge is finished. I accomplished what I had in mind, to embroider a paisley shape with the color combination purposed by Sharon. On this second paisley, I applied almost the same stitches, same colors and same threads I had used on the first one. But the result is different. As you can see the embroidery is much denser and the overall effect changed a lot.
O desafio de Janeiro do Take it further está acabado. Terminei o que me propus fazer, bordar a forma da cornucópia em divrsas cores segundo a combinação proposta pela Sharon. Esta segunda cornucópia apliquei praticamente todos os pontos já utilizados na primeira assim como as cores e as mesmas linhas. Mas o resultado foi diferente. Como podem ver o bordado é mais denso e isso é razão para uma mudança significativa do aspecto global.
The paisleys are different but they match and complement each other. I would like to apply this embroidery soon because I like it very much and I don’t want it to be forgotten in my UFO box. Any suggestions?
Sharon had already made the February challenge. I am still thinking about it and I will let you know what I have decided on the next post.
As cornucópias são diferentes mas combinam e complementam-se. Agora gostaria de as aplicar para não acabarem no cesto dos esquecidos. Aceitam-se sugestões.
A Sharon fez já o desafio de Fevereiro mas ainda estou a pensar no assunto. No próximo post dir-vos-ei a minha decisão.

04 fevereiro 2008

Stars from Maine and Iceland

From time to time I took a glance at the flickr group wondering which winter quilt could be mine but I never imagine something like that. Today I received my quilt from Margaret. How could I ever suspect it? She was the quilter who received the quilt I made for the Fall round.
Absolutely unpredictable and I love it.
The quilt is beautiful! The purple, lavender and buttery colors are so soft and calm, and she hand quilted a big white snowflake over the blocks. LOVELY! Thanks Margaret.
De vez em quando ia dar uma espreitadela ao flickr tentando adivinhar qual dos quilts me estaria destinado e nunca me passou pela ideia o que aconteceu. Hoje recebi o quilt da Margaret. Como é que eu poderia alguma vez ter suspeitado? Afinal foi ela quem recebeu o meu quilt de Outono e, receber agora o seu, era imprevisível e eu adorei. É um quilt clássico de cores suaves, púrpura, malva e marfim. Tem um enorme floco de neve quiltado à mão que atravessa todo o desenho. É lindo! Obrigada Margaret.
Iceland is a land of enthusiastic and sympathetic quilters. Berglind from Reykjavík tagged me with "you make my day" award and I am glad for her kind words. It is time now to nominee ten bloggers that make my day. What a tough task! I tried but it is very difficult to me to choose among so many nice bloggers. You, who visit my blog, you make my day when you left a comment, send me an email or just pass by for a quick visit. All of you, who make my day, consider yourself tagged.
A Islândia é terra de quilters entusiastas e simpáticas. Recebi esta nomeação da Berglind de Reykjavík e é claro que fiquei muito contente pela sua gentileza. Agora vem a parte difícil. Escolher dez bloggers que fazem o meu dia valer a pena. Acreditem que tentei mas é mesmo muito difícil. Vocês os que passam pelo meu blog, que deixam um comentário, mandam um e-mail ou simplesmente fazem uma visita rápida, todos fazem o meu dia valer a pena. Considerem-se nomeados.