21 dezembro 2010

Frioleiras com H


As frioleiras têm vindo a cair em desuso talvez porque não se criaram alternativas à sua aplicação e os modelos que vemos, embora delicados e muito bonitos restringem-se às golas, entremeios e naperons.
Em Portugal sempre houve mais pessoas a saber crochet do que outras rendas. No entanto, algumas, como os bilros, estão a ser redescobertas e não há perigo que se percam. Mas não me parece ser o caso desta.
Como na minha família ninguém sabia fazer frioleiras, levei alguns anos até conseguir encontrar alguém que me ensinasse e foi esta a renda que aprendi mais recentemente. Há uns dias atrás uma aluna mostrou-me estas maravilhas, em linha muito fina e, a acompanhar, um conjunto de navettes puídas, coloridas, lindas. Mas o mais surpreendente é a história que está por trás. Uma mãe tentou ensinar as suas várias filhas a fazer frioleiras, arte em que era mestra. Parece que as filhas tinham pouca habilidade ou vontade para aprender e, quem assegurou a passagem deste testemunho, foi o seu filho que continuou ao longo  da sua vida a fazer esta renda. Estes são alguns dos seus trabalhos que provam que os homens também gostam e sabem destas coisas.

5 comentários:

LiSi Patch disse...

Que trabalho lindo! Aqui no Brasil também se faz mais crochê, eu tentei aprender esta técnica mas o máximo que consegui fazer foram algumas flores simples, e foi uma senhora de 83 anos quem me ensinou. É uma pena que tão poucas pessoas se disponham a fazer esta renda.
bjs,

Lidia

teresa disse...

Olá Luisa,
Sei fazer friolreira desde os 6 anos (a minha mãe mandou-nos aprender, a mim e à minha irmã, com uma senhora que só conhecia alguns rudimentos) e eu e a minha irmã fomos fazendo, mais ela que eu. Sei que em Itália esta renda é mais conhecida porque as revistas que temos são todas italianas. No ano passado vi, na feira do Jardim da Estrela, brincos feitos com pequenas rosetas, mas, muito honestamente, não eram muito bonitos.
Se começar a fazer, espero ansiosamente para ver os seus projectos.
Bom Natal e um Ano Novo com tudo o que mais deseja
Beijinho
Teresa

Lúcia disse...

Aprendi com minha mão que aprendeu com minha avó. Fazia com navetes ,hoje faço com agulhas, mesmo as de costura a mão(Maluneves@ hotmail.com)moro em Santos - SP - BrasilTrabalho com linhas e lãs( croche,trico,macrame,ponto cruz perfeito,Hardanger,ponto reto,bordado em tecido xadrez, pintura em tecido(tecnica de estampagem)Já dei aulas pela Circulo,em loja.Estou aberta para contatos e socorros tecnicos.Beijos Lúcia

Dani Ogata disse...

Olá... Também fiquei com muita vontade de aprender o frivoleté... até que encontrei uma amiga, que aprendeu com a avó dela... e me ensinou o básico... pena eu ter me mudado de cidade... Achei lindo o seu trabalho... Bjs... Dani

Anónimo disse...

Bom dia,

A minha pergunta prende-se com o facto de saber se ainda continua a fazer, pois uma conhecida minha precisa de alguém que faça alguns trabalhos para ela e não sabe a quem recorrer. Se ainda continuar a fazer esse tipo de trabalho posso dar o seu contacto para ela?
Muito obrigada
Teresa