31 dezembro 2010

2010 e os anos que hão-de vir

Se tivesse de escolher um momento particular de 2010, seria sem dúvida o 1ºEncontro de Patchwork em Portugal.
Mais do que um momento foram muitos momentos de partilha e solidariedade. 
Em nenhum momento duvidei que este movimento seria acarinhado por muitos mas, a participação de mulheres de todo o país, excedeu as minhas expectativas. Se quiserem saber um pouco  mais como tudo começou podem espreitar aqui.
Que 2011 seja um ano tranquilo e solidário.
Até para o ano!

29 dezembro 2010

crochet

O crochet pode vestir-se (da Margarida, minha filha, que trabalha apaixonadamente com as agulhas de tricot e crochet)
 Pode ser leve e delicado (do baú inesgotável da D. Irene)
Guardar segredos (renda em segredo do Algarve, da minha querida amiga Manuela Martins, monitora dos workshops de crochet na Dotquilts)
Estar à mão quando é preciso (alfineteiro antigo também pertença da Manuela).

E pode ser também eleganteinesperado, aconchegante e redondo. Pode ser muito mais, a questão é descobri-lo ou redescobri-lo e 2011 pode ser o tempo para isso.

21 dezembro 2010

Frioleiras com H


As frioleiras têm vindo a cair em desuso talvez porque não se criaram alternativas à sua aplicação e os modelos que vemos, embora delicados e muito bonitos restringem-se às golas, entremeios e naperons.
Em Portugal sempre houve mais pessoas a saber crochet do que outras rendas. No entanto, algumas, como os bilros, estão a ser redescobertas e não há perigo que se percam. Mas não me parece ser o caso desta.
Como na minha família ninguém sabia fazer frioleiras, levei alguns anos até conseguir encontrar alguém que me ensinasse e foi esta a renda que aprendi mais recentemente. Há uns dias atrás uma aluna mostrou-me estas maravilhas, em linha muito fina e, a acompanhar, um conjunto de navettes puídas, coloridas, lindas. Mas o mais surpreendente é a história que está por trás. Uma mãe tentou ensinar as suas várias filhas a fazer frioleiras, arte em que era mestra. Parece que as filhas tinham pouca habilidade ou vontade para aprender e, quem assegurou a passagem deste testemunho, foi o seu filho que continuou ao longo  da sua vida a fazer esta renda. Estes são alguns dos seus trabalhos que provam que os homens também gostam e sabem destas coisas.

13 dezembro 2010

a anatomia do dedal ou como escolher o dedal certo

Para além do que foi dito, muito há ainda a dizer sobre o uso deste objecto. Mas a parte mais importante do uso do dedal é encontrar aquele que mais convém a cada pessoa ou até a cada situação. E escolhê-lo, pode requerer alguma paciência e persistência.
Podem ser vários os factores de escolha, o material, o modelo, a técnica para a qual são usados.
Materiais
Os dedais mais comuns são os metálicos. São resistentes, têm várias formas, mas muitas pessoas sentem-nos como um objecto estranho e têm dificuldade em habituar-se a eles.
O couro é também utilizado e por ser um material mais orgânico torna, algumas vezes, o seu uso mais fácil.  Os dedais de silicone são mais recentes e tem tido uma grande aceitação. São macios, ajustam-se muito bem ao dedo e são aqueles cujo uso se torna mais imperceptível.
 Modelo
No dedal há duas partes utilizáveis: o topo e a parede lateral. Há ainda os chamados dedais de alfaiate que não têm topo.
Nem todas as pessoas seguram na agulha da mesma forma e por isso algumas pessoas tendem a empurrar a agulha com o topo do dedal e outras com a parede lateral. Por isso o modelo do dedal é importante. O dedal de silicone não deve ser usado por quem usa a parte lateral do dedal porque só o topo é utilizável. Pelo contrário o dedal de couro (o modelo da foto) é mais adequado a quem usa a parte lateral do dedal
Técnica
O dedal tem por função empurrar de forma segura a agulha e por isso a profundidade  e desenho dos "buraquinhos" à superfície do dedal é determinante para a qualidade de um dedal. Quando a técnica exige que a agulha seja empurrada com mais força este aspecto é mais relevante. Os dedais metálicos japoneses (dedo médio da foto) são ajustáveis ao perímetro do dedo e têm depressões muito definidas que permitem um controlo muito preciso da agulha (podem ver na última foto a comparação com um dedal metálico vulgar). São ideais para quilting manual e desde que os descobri adoptei-os incondicionalmente quando acolchoo à mão.

(e a mão que vêm na foto é da minha filha Margarida que ultimamente tem tirado quase todas as fotografias que tenho colocado aqui no blog)

05 dezembro 2010

árvores genealógicas

As aulas são desafios diários e as árvores genealógicas que me pedem para desenhar são dos mais aliciantes. Cada elemento é alguém, cada data um momento e todas as formas se conjugam numa árvore de vida.
E às vezes, a meio do trabalho, a alegria de ouvir: Luísa, vamos acrescentar mais um raminho, vem aí mais um bébé! 

02 dezembro 2010

tricotar com fios de várias cores

 (fotografia de Rosário Albuquerque)
É já no próximo sábado que fechamos, por este ano, mais um ciclo de quatro workshops sobre técnicas de tricot. Tricotar com fios de várias cores vai ser o tema e a formadora é a Rosário Albuquerque.
Tricotar com fios de várias cores enquadra-se em várias técnicas de tricot como o jacquard e o fair isle. 
Quando aprendi a tricotar, ao trabalho com vários fios dava-se o nome de "lãs metidas" mas hoje em dia não ouço qualquer referência a esta designação. Há algum tempo tive a sorte de ver um maravilhoso mostruário de tricot, em que este tipo de técnica era chamada de "lãs embutidas". Será que algum destes termos é correcto ou haverá outros em português? Qualquer contribuição será bem vinda para enriquecer os nossos nomes.