28 fevereiro 2011

organizar

 
Uma das grandes vantagens da costura (e outros DIY) é a possibilidade de fazer à medida. Não estar dependente dos modelos standard, permite um sem número de soluções que verdadeiramente se adequam às necessidades de cada um.
Uma vida a tentar encontrar a melhor forma de organizar as minhas coisas, o meu trabalho e o meu tempo, demonstrou-me há muito que não há formas de organização ideais e que cada um tem de encontrar a sua.
Este organizador de tricot da Hemi, tem tudo o que é necessário para transportar as agulhas e acessórios que habitualmente usa, nos projectos que tem em curso. Estudou-se cada detalhe e o resultado é adequado ao que se pretendia.
E como não sei muito bem o que significa "costura criativa" prefiro chamar-lhe "engenharia da costura" porque a funcionalidade dos objectos é também um dos aspectos para os quais me sinto talhada.

Mola

Gosto muito de appliqué e tenho praticado sobretudo a técnica de virada  de agulha, que ensinei no último workshop de appliqué. Desmistificou-se a dificuldade da técnica e dominaram-se as formas e as dimensões das peças aplicadas. Para além desta há muitas formas de appliqué. Estas fotos são de uma peça em Mola, feita pela tribo Kuna do Panamá e foi-me oferecida pela Ana Isabel R. 
As mulheres desta tribo fazem o appliqué de uma forma singular, trabalhando em camadas que se decobrem nos pequenos bastonetes e linhas que são as formas mais comuns desta arte. As mulheres Kuna aplicam simultaneamente nos seus trabalhos o appliqué directo e reverso assim como alguns apontamentos de bordado. Os materiais são sempre tecidos lisos mas a riqueza da cor nas múltiplas camadas permitem uma combinação exuberante. Definitivamente inspiradora na técnica, na forma e na cor.

23 fevereiro 2011

tea time

Com um inverno frio e chuvoso como o que temos tido este ano, muitos foram os tapa-bules que se fizeram nas aulas. Alguns mais simples outros mais elaborados todos são peças funcionais que se gosta de ter ou de ofereçer (ou receber).
O modelo com bordado vermelho sobre o linho cru, escolhido pela Rosa G. foi feito com ponto atrás, ponto cadeia, ponto lançado e encanastrado a demonstrar que mesmo com pontos muito  simples se podem realizar trabalhos muito bonitos. Os pormenores nestas coisas também fazem a diferença: emoldurar os motivos num florão, fazer um pesponto na pega e na base, adicionar um vivo no rebordo.
A Maria João B. quis substituir o seu velho tapa bules e optou pelo modelo liso para evidenciar o tecido a condizer com o tema.
(fotografias de Margarida Monteiro)

21 fevereiro 2011

EPP (de novo)

A técnica é simples e pouco exigente de meios. Talvez por isso tenha ganho tantas adeptas ao longo de séculos. Sendo o hexágono a figura mais marcante e usual do english paper piecing, foi também a que a Isabel E. escolheu para dar uso a uma colecção de quadrados minúsculos (5 cm de lado) que uma prima lhe ofereceu. No início, tantos retalhinhos pareceram-lhe uma pilha interminável e agora só tem pena que já estejam no fim. 
Mas se o hexágono é o mais popular, o losango permite mil e uma possibilidades inclusivé o famoso padrão tumbling blocks, e este é um exemplo mostrado nas aulas e workshops em que esta técnica é desenvolvida.
Para quem nunca fez vale a pena experimentar.

(fotografias de Margarida Monteiro)

17 fevereiro 2011

sistemática

Há dias a Ana, perguntou-me se eu conhecia e/ou sabia fazer a renda chilena. Há anos que não a faço mas recordo-me que, quem me a ensinou a considerava uma renda para principiantes dada a simplicidade da execução e e dos motivos. Garanti-lhe que ia tentar encontrar as bitolas de cartão e os arames que são necessários para a sua execução e depois é ver se as mãos ainda se lembram do caminho.
Embora completamente diferente da renda chilena, a renda de filé é uma das rendas que incluo na família das rendas de agulha e nó, tal como a renda chilena (por defeito de formação, é mais fácil para mim organizar as técnicas, por famílias e géneros).
Esta maravilhosa almofada em renda de filé pertence aos nossos amigos Natércia e Zé António que, de tão velhinha, já tem algumas linhas partidas, a mostrar que o tempo passa por tudo e todos. No entanto é um rico exemplar de motivos tecidos no filé, alguns dos quais tridimensionais o que não é muito vulgar aparecer nas rendas de filé mais comuns.

15 fevereiro 2011

13 fevereiro 2011

costura em ponto miúdo

Costurar para bébés é muito bom, porque tudo é amoroso e enternece quem participa. No sábado de manhã voltámos a iniciar, pela terceira vez, um ciclo de enxoval com um grupo caloroso e empenhado. 
De tarde também se costurou para meninas pequeninas.  As mães (e tias) sentem-se particularmente orgulhosas de as poder vestir com aquilo que sai tão primorosamente das suas mãos.

12 fevereiro 2011

tecidos e lãs

Por falta de tempo, ultimamente não tenho mostrado as novidades que vão chegando. Com a loja on-line quase a abrir, algumas imagens para abrir o apetite. Tecidos Robert Kaufman, Michael Miller, Redrooster.
 Lãs Schoppel e as suas famosas Zauberball, para tricotar meias e xailes cheios de cor.

07 fevereiro 2011

crazy

Este foi um dos exemplos que mostrei no workshop de crazy patch que decorreu sábado (e repetição no domingo). Foi feito sobretudo a pensar naquelas que acham o crazy patch demasiado exuberante e ostensivo.
Se no crazy victoriano, em que o mais é sempre pouco, se usam as sedas, os brocados e os veludos, aqui  substituiram-se por retalhos de ganga. A alternativa aos pontos de adorno na costura foram os galões simples. As possibilidades são infindáveis e já hoje a Ana Isabel me visitou para mostrar uma nova descoberta: adorno com ráfia e ponto recoberto.
No workshop não faltaram os crazy (ou louquinhos como lhes chamam nos Açores) densos, ricos e muito adornados mas a almofada de restos de ganga, e outros exemplos apresentados, mostraram que rotular uma técnica é limitante e explorá-la é um desafio que pode dar bons resultados.

03 fevereiro 2011

O ano do coelho

Hoje é o primeiro dia do ano do calendário chinês e, tal como no Ocidente, o novo ano é cheio de promessas e um um desafio para tomar novas resoluções. Espero que a Wa continue, neste ano, a acompanhar-nos com a sua serenidade e preserverança e a produzir com minúcia, trabalhos como este, que deleitam qualquer olhar.
(Trabalho em appliqué realizado nas aulas da Dotquilts, por W.S, a partir de um modelo japonês)