Passar do enorme ao minucioso ou vice versa são formas de explorar novas possibilidades. A mesma técnica feita numa nova escala, reveste-se de criatividade e pode ter efeitos inesperados. Podem usar-se outros materiais e podemos encontrar novas aplicações que antes não nos ocorreriam.
As frioleiras, habitualmente feitas em linha mercerizada muito fina (abaixo de 20), apresentam um aspecto delicado, monocromático e são quase sempre usadas em rendinhas de ponta, entremeios de toalhas em peças de linho, pouco práticas no dia a dia.
Alterar a escala das frioleiras tem uma limitação técnica uma vez que a navete comporta uma quantidade limitada de linha e não permite dispensar com fluidez linhas mais espessas. Foi por isso que andei às voltas com linhas, navetes e agulhas até conseguir fazer frioleiras noutra escala. Gostei de usar a cor, do efeito e os meus olhos agradeceram esta atitude Gulliveriana.
As hortênsias, uma das minhas flores preferidas, vieram do jardim da Lídia, e completam da melhor forma as cores deste post.